EMERJ lança audiodrama em forma de podcast com magistrados e artistas no elenco
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Um audiodrama gravado on-line, cujos atores contracenam via internet. Este é o “novo normal” capaz de transformar uma história ocorrida nos Estados Unidos, em 1925, que já virou peça e filme, num podcast com pegada de radionovela do século 21. Assim é “O direito de pensar – uma viagem radiofônica ao julgamento do macaco”, podcast com seis episódios de duração em torno de 50 minutos cada, projeto artístico da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Os episódios serão publicados sempre às quintas-feiras, no site da EMERJ, ficando disponíveis em diversos agregadores de podcast.
O lançamento é neste dia 5 de novembro – Dia Nacional da Cultura –, e o último episódio irá ao ar no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.
No elenco, magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, advogados e atores. A trilha sonora está a cargo do desembargador e músico Wagner Cinelli, e conta com a participação especial do Coral do Centro Tecnológico da UFRJ. Durante oito meses, o grupo encontrou-se via internet, cada um em sua casa, na frente de computadores, celulares e tablets. Assim aconteceram as reuniões de dramaturgia e os encontros com os integrantes de cada área – artística, técnica e produção –; assim como os ensaios e as gravações dos episódios.
A idealizadora do projeto é a diretora teatral e servidora da justiça Sílvia Monte, que reuniu o grupo de magistrados e advogados com quem já realizara alguns espetáculos sob forma de leitura dramatizada – “Os físicos”, de Friedrich Dürrenmatt; “Antígona”, de Sófocles; “12 jurados e uma sentença”, de Reginald Rose –, para a criação de um evento artístico durante o isolamento social. Juntos, começaram a pensar sobre um texto que englobasse temas como liberdade de pensamento e expressão, ciência e religião – assuntos que estão na pauta do dia no Brasil e no mundo.
Foi assim que surgiu a ideia de resgatar o emblemático processo do professor de ciências John Thomas Scopes, julgado por ensinar a Teoria da Evolução de Charles Darwin a estudantes da oitava série numa escola pública em Dayton, no estado americano do Tennessee, em 1925. O caso, que ficou conhecido como “Julgamento do macaco”, é bastante familiar ao meio do Direito e tornou-se muito conhecido do público quando foi eternizado pelos autores estadunidenses Jerome Lawrence e Robert E. Lee na peça “Inherit he Wind” (1955), posteriormente adaptada para o cinema.
Publicado no site da EMERJ.